doladodela

Hong Kong - porto fragrante, agradavel surpresa Saio do metro esterilizado, condicionado e refrigerado, anti-septico e, ao subir das escadas com um mar de gente, pelas narinas e poros adentro entra-me um cheiro quente, humido e salgado de maresia. Sorrio, pois algo familiar me conforta. A dinamica da cidade, cheira a prosperidade. De olha-los correr ate fico cansado. Dos relevos, entre o verde, ver os barcos grandes de carga e os pequenos de passageiros cruzar as aguas do grande porto desta cidade maritima. Macau - paixao Apaixonei-me por Macau. Sonho nas ruas, nestes pequenos recantos mediterranicos, nas fortalezas, nas igrejas, nos patios e becos, na melodia do cantones, parece-me ouvir historias, de pessoas ou dos lugares, dos meus avos, ou numa exposicao do Museu Maritimo ponho-me a navegar na Historia, aventuras de mareantes... o territorio cheio ... read more

O barco desliza ligeiro pelas aguas esverdeadas do Mekong. Leva mais "farang" (ou "falang", como aqui se pronuncia, que significa "brancos") do que Lao. E uma viagem de dois dias, rio abaixo rumo a Luang Prabang, com pernoita. O ritmo e sonolento, ao som do motor, e os passageiros dormitam aconchegados na brisa morna, fim da tarde. Das margens ameacam umas rochas negras e pontiagudas, que o homem ao leme evita habilmente, a frente do barco. E navegacao a vista! A rocha xistosa e a corrente forte do rio a serpentear nos montes faz-me imaginar rabelos a descer o Douro, carregados de vinho, num tempo sem estradas ou barragens. Aqui o rio ainda compete com as estradas. Dos rochedos pendem canas de bambu, armadilhas de pesca dos aldeaos. De repente, uma aldeia no meio do monte ... read more

Primeiro estranha-se, depois entranha-se. As cidades ruidosas, sujas, aparentemente desorganizadas. Mas sob o caos tantas formas de vida! As peles escuras, as cores dos tecidos, tudo atirado ou pendurado no meio da rua, um senhor passa a ferro a carvao no meio do passeio, outro agachado conserta calcado com agulha em cima de uma pedra, os cegos, os aleijados, o muculmano de ar grave com a barba a emoldurar o queixo, os jovens de "saia" ( Doti) comprida ou dobrada acima do joelho, o tasco de fritos e chai quente e aromatico, com os homens agrupados no passeio a segurar o copo quente de vidro entre o polegar e o medio, sorvendo goles curtos e olhando o movimento, as velhas enfeitadas com as banhas a sair do sari, as meninas perfumadas com flores brancas de jasmim ... read more

Lusíadas Canto Sétimo "Deus por certo vos traz, porque pretende Algum serviço seu por vós obrado; Por isso só vos guia, e vos defende Dos inimigos, do mar, do vento irado. Sabei que estais na Índia, onde se estende Diverso povo, rico e prosperado De ouro luzente e fina pedraria, Cheiro suave, ardente especiaria." Deslizando num barco sem motor, a brisa faz fru fru nos coqueirais, noz moscada e mangueiras. No teatro, admiro uma cultura colorida, rica e ancestral.... read more

Custou a habituar a comida , principalmente pequeno almoco condimentado, mas agora ja nao sinto falta das torradas com manteiga. Um carilzinho de grao de bico serve perfeitamente. Sem querer ja trinco malaguetas a pensar que e feijao verde... tornei-me um orgulhoso "one-hand-eater", conquistando primeiro sorrisos e depois o respeito e simpatia dos locais . Ainda nao tive desarranjos intestinais. A comida muitissimo condimentada. E o cha bem fermentado fervido com leite e especiarias. Quando sao de boa qualidade, sao uma delicia inesquecivel! Saboreio os momentos das refeicoes. Aqui e uma coisa rapida, enfardar. E ver, em cima das folhas de bananeira ou dos pratos de metal, os dedos ageis dos indianos em grande frenesi: misturando, salpicando, sacudindo, amarfanhando o arroz com o caril e os legumes (como o trolha faz cimento e o lanca a ... read more